
Lá se vai a menina
Vejo de relance o balançar de sua saia
Saltitante segue no caminho incerto
Na mão uma boneca puída pelo tempo
Vejo-a pelas costas
Distânciando do meu foco
Não lhe vejo o viço nem o riso
Vejo os passos
Não a detenho, nem a chamo
Sigo-a com os olhos
Ora com incentivo
Ora com saudade
Ela ainda não sabe das mudanças
Hoje Eu sei
Nem imagina as portas que se abrem
As descobertas
Sorrio de mim
Vá minha criança
Procurar teu ninho
No meu coração maduro
Me olho no espelho
e ainda te vejo em mim
Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 14/08/08
Código do texto: T128380
4 comentários:
Realmente espetacular poema!
É isso dona mãezona, deixa os filhos criarem asas que nos vemos neles...
Não é que a moça tá retada nas poesias? Valha-me Deus! kkkkk
bjs
O Sibarita
Obrigada, Sibarita
você deve ser meu único leitor kkkkk
beijos
Etel, que sensibilidade!
As vezes perdemos o foco... deixamos de ver essa menina...
Que reine sempre em nossos corações!
Beijos e carinhos!
Oi, Ava
somos duas, sempre.
Uma teima emnão crescer, né mesmo?
beijos, menina
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