sábado, 13 de junho de 2009

Menina mulher.


Lá se vai a menina
Vejo de relance o balançar de sua saia
Saltitante segue no caminho incerto
Na mão uma boneca puída pelo tempo

Vejo-a pelas costas
Distânciando do meu foco
Não lhe vejo o viço nem o riso
Vejo os passos

Não a detenho, nem a chamo
Sigo-a com os olhos
Ora com incentivo
Ora com saudade

Ela ainda não sabe das mudanças
Hoje Eu sei

Nem imagina as portas que se abrem
As descobertas
Sorrio de mim

Vá minha criança
Procurar teu ninho
No meu coração maduro

Me olho no espelho
e ainda te vejo em mim

Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 14/08/08
Código do texto: T128380

4 comentários:

O Sibarita disse...

Realmente espetacular poema!

É isso dona mãezona, deixa os filhos criarem asas que nos vemos neles...

Não é que a moça tá retada nas poesias? Valha-me Deus! kkkkk

bjs
O Sibarita

Uma aprendiz disse...

Obrigada, Sibarita

você deve ser meu único leitor kkkkk

beijos

Ava disse...

Etel, que sensibilidade!

As vezes perdemos o foco... deixamos de ver essa menina...

Que reine sempre em nossos corações!

Beijos e carinhos!

Uma aprendiz disse...

Oi, Ava

somos duas, sempre.
Uma teima emnão crescer, né mesmo?

beijos, menina