segunda-feira, 29 de junho de 2009

Limites do amor.

Condenado estou a te amar
nos meus limites
até que exausta e mais querendo
um amor total, livre das cercas,
te despeça de mim, sofrida,
na direção de outro amor
que pensas ser total e total será
nos seus limites da vida.

O amor não se mede
pela liberdade de se expor nas praças
e bares, em empecilho.
É claro que isto é bom e, às vezes,
sublime.
Mas se ama também de outra forma, incerta,
e este o mistério:

- ilimitado o amor às vezes se limita,
proibido é que o amor às vezes se liberta.


De: Affonso Romano de SantAnna

sábado, 27 de junho de 2009

Desejos.


Teus olhos percorrem meu corpo

Invadem meu peito

Desnudam desejos

Esquento!



Me afasto

Corada

Apressada

Sem jeito!


Sorrio por dentro.
.
Etelvina de OLiveira
Publicado no Recanto das Letras em 28.08.08
Código do Texto: T1149768

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Meu amor.


Meu amor é assim:
inseguro, assustado e agitado
Como um pequeno pássaro
que aprende a voar.


Meu amor é assim:
certo, real e manso
Como uma velha águia
que se renova com o tempo.

Meu amor é assim:
procura, descoberta e ânsia
Como o ovo
que guarda nele a vida.

Meu amor é assim:
surpresa, eterno, infinito
Se derrama, se doa
na espera.


Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Qual é a medida do AMOR?

Acabei de ler uma crônica linda no blog Caldeirão da Bruxa. Algo que me inspirou à pensar sobre a medida do AMOR. Sei que cada um de nós idealiza um tipo ideal de AMOR. Uns querem um companheiro, amigo, parceiro pra todas as horas, uma pessoa inteligente, moderna, alegre e responsável. Ou, nem tanto. Outros querem um lindo de causar inveja, ótimo amante e cordeiro que aceite tudo, nem precisa falar muito. E tem ainda os que não querem um AMOR assim, tipo amor. Querem paixões, envolvimentos passageiros, sem “pegação” de pé, sem “grudar”, sem cobrar, sem nada em troca além do prazer do momento.
Mas, qual é a medida do amor?
Passados os primeiros momentos de empolgação, se a coisa vai mais além, se a pessoa se pega GOSTANDO, invariavelmente, surge algum tipo de cobrança. Ela pode ser sutil como a necessidade de se saber do outro - seja por telefone, mensagem, e-mail -, até o grude total. Nesse meio campo tem a necessidade desse AMOR ser correspondido.
Quem AMA quer ser amado. Mas, qual medida?
Sua forma de amar pode ser boa pra você e não ser para o outro. Se a maneira é certa ou errada, quem define?
Já postei aqui um texto que dizia que "Amor não se pede”, então, concluí-se que se DÁ livremente.
Mas quem consegue AMAR sem nada em troca? Ou, pior ainda, recebendo desprezo ou desatenção?
Com certeza, somente Deus.
Esse sim, te ama e pronto. Você nem precisa conhecê-lo, falar com ele, mandar recados, ser fiel, retribuir, demonstrar, enfim, nadinha de nada. Ele te ama porque é fiel ao amor que tem por você. Ele É o único pai capaz de entregar seu próprio filho a morte por AMOR.
Fora ele – com esse AMOR inimaginável -, estou aqui, desde o início do texto, tentando descobrir.
Acho melhor ir trabalhar.
Já que sou funcionária pública e é você quem paga meu salário.

terça-feira, 23 de junho de 2009

O Bicho.

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.



O bicho, meu Deus, era um homem.






Texto: Manuel Bandeira, Rio,27 de dezembro de 1947.
Foto: http://www.google.com.br/


Triste é que, até hoje, NADA MUDOU
.


Amor proibido.



Cala-te coração!

Não entregues,

com os olhos,

ou gestos,

nossos segredos.

Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 30/08/08

domingo, 21 de junho de 2009

Meu beijo.


Meu beijo tem sabor de paixão

de viagem estelar

de falta de chão


Meu beijo tem gosto

de boca na boca

de vontade de amar

Etelvina de Oliveira
Publicado no recanto das Letras em 12/09/08
Código do Texto: T1175031

Quero ser como sou


Faço minhas as suas palavras:

Não pretendo ser o melhor
Receio tornar-me convencido,
Não quero ser o pior,
Receio tornar-me esquecido...

Quero ser exatamente como sou
Simples, alegre, amigo de todas as horas
Quero semear a Paz por onde quer que eu vá
Deixar saudades quando for embora...

E, no dia que partir desta vida,
No momento de acertar contas dos atos meus
Quero ter a consciência tranquila
De que realmente lutei para ser um filho de Deus!

.

Texto: Moacir Silva Papacosta
Publicado no Recanto das Letras

.


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sozinha.


Ontem dormi sem poesia
sem ouvir músicas.
Não ri, não falei, não te vi.
Acordei sem fantasias,
sem expectativas.
Vazia de nós.
.
.
Etelvina de Oliveira
Publicado no recanto das Letras em 19/06/09
Código do texto T1656274
.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Encanto.

Me devolva o encantamento!

Não quero o real
da flor sem vento
do sol sem brilho
das folhas imóveis
dos pássaros sem vôo

Me devolva os sonhos!

Não quero a realidade
do olhar sem estrelas
das palavras concretas
de corações sem sinos
dos beijos de vidro
do vazio.



Me devolva a paixão!
Sem ela fica só Amor
sem arco-íris.

Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 18/06/09
Código do Texto T1655845

Meu denuncismo.

Vou ser repetitiva, mas preciso dar meu “pitaco” sobre um velho assunto: imprensa. Principalmente, sobre a imprensa que é capaz de alcançar todas as pessoas: a TV. Até os moradores de rua têm acesso as imagens transmitidas por esse veículo que ficam expostos nas lojas.

Uma notícia divulgada na mídia imprensa tem seu alcance, mas quando ela ganha as telas de uma rede global – sem fazer trocadilho com nenhuma emissora -, ela vira uma bomba.

Continuo combatendo a guerra de audiência e sensacionalismo dado às notícias, seja no veículo que for. Outro dia, li, no blog da Paula de Barros, um texto falando sobre isso e vi que não estou sozinha.

Um fato jogado no ventilador, sem nenhum critério investigativo, destrói a vida de uma pessoa como de uma empresa. Quando você mostra a imagem de um “suspeito” acompanhada da frase: preso o bandido. Fim do assunto. Ou ainda, quando se quer manter a atenção do público, com notícias repetitivas e vazias, piorou.

Porque estou falando sobre isso?

Hoje pela manhã assisti trechos de uma entrevista dada pelo presidente Luiz Inácio da Silva rechaçando o que chamou de “denuncismo” em torno dos escândalos no Senado e saindo em defesa do presidente da Casa, José Sarney, que na véspera havia afirmado que não era responsável pela crise. Até aqui, tudo normal e costumeiro na pizzaria.

Mas, o quê me chamou mais a atenção foram as declarações seguintes. Lula questionou a veracidade das revelações de irregularidades e pediu uma “investigação séria”. O presidente também fez um alerta à imprensa afirmando que, ao questionar as práticas do Congresso, sua própria credibilidade poderá ser abalada.

Em outro trecho ele disse: "É importante que a gente comece a fazer a preservação das instituições, separar o joio do trigo e, se tiver alguma coisa errada, que haja uma investigação correta", e ainda: "O que não pode é todo dia arrumar uma vírgula a mais ou repetir a mesma matéria. Vai desmoralizando todo mundo, e inclusive a imprensa corre risco de ser desacreditada".

A liberdade de imprensa foi uma conquista que deve ser preservada com seriedade e competência.

E para não dizer que sou contra o jornalismo televisivo, aqui em Sampa, meses atrás, um jornal de grande circulação no estado deu uma página inteira para uma denuncia sobre superfaturamento na compra de instrumentos musicais para orquestra. Na matéria o jornal afirmava, entre outras coisas, que se poderia comprar uma Harpa por R$ 18 mil reais. Instrumentos profissionais a esse preço? Na época pesquisei na net e não achei nada com esse valor. Mas a “caca” foi para o ventilador.(notaram que falei da morte da cobra mas não mostrei o pau que matou? kkkkkkk)

Na TV todos os dias eu assisto notícias superficiais, repetitivas, sem dados básicos. Por exemplo, é comum se noticiar um acidente de trânsito sem mencionar sua localização exata. Não dá para perguntar o nome da Avenida ou Rua? Qual o bairro?

E o sensacionalismo? Lembram do caso Eloá? E os Nardones?

Voltando à política, onde estão sendo usadas as passagens aéreas? E os resultados das CPIs? Quantas foram mesmo???

Eu entendo como denuncia eficiente se revelar um fato, apresentar provas incontestáveis, acompanhar as investigações, mostrar os resultados e consequências e permanecer de olho.

Foi assim que se derrubaram presidentes ao longo da história mundial.

Hoje fiquei sabendo, nesse mesmo jornal, que o diploma de jornalismo perdeu sua validade. E agora?

Com diploma, são poucos profissionais comprometidos com a veracidade dos fatos, e sem?

Em breve poderemos ter os parentes e namoradas de fulanos e sicranos nas redações só porquê "papai manda e paga".

Deus nos acuda!
.
.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vem amor.


te procuro nos sonhos
nos olhos estranhos
nos falsos amores
te sinto nos abraços
e nos beijos
vazios
te ouço no meu peito
no meu choro, no meu grito
no silêncio
te chamo de cara metade
alma gêmea, meu prometido
meu amor
te espero
até que venhas
ter comigo



Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 19/08/08
Código do texto: T1135493

terça-feira, 16 de junho de 2009

Te amo.

Hoje, acordei assim,
com saudades.

Não sei se de ti
ou de mim.

Abri a janela.

O cheiro da chuva,
o chão molhado,
os pingos das folhas.

Te sinto.

Sua presença é tão forte!

Não sei onde te deixei.

Me perdi.

Não sei mais
se te trago na lembrança
ou se hás de vir.

Te espero!

Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 24/08/08
Código do texto: T114344

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meia noite.


É hora de dormir.
A Lua sorri no céu
enquanto a noite
derrama sobre a Terra
doce sonolência
dos amantes.
Nos afastamos,
relutantes,
cheios de saudades.
Meu coração vai contigo
o teu fica comigo.
Talvez as estrelas,
invejosas,
nos vigiem.
Mas o Sol
com certeza
te trará de volta.

Etel
07/06/08

domingo, 14 de junho de 2009

Evite rugas.



SIGA ESSE CONSELHO:


Uma ótima semana pra você!

Venha sempre.
Sua visita me deixa feliz

beijos
.

sábado, 13 de junho de 2009

Um dia qualquer.

Há dias tenho ido a pé para o trabalho. Primeiro, porque a distância não é muita. Depois, porque dizem que faz bem. E, principalmente, pelo excesso de peso.
Aliás, a culpa é do Peso Ideal que a muito tempo se perdeu de mim.
Ingrato, espero que retornes.
Mas, aos pouco, noto que peguei gosto pela andança.
Outro dia, enquanto aguardava o sinal fechar para os carros, aproveitei para observar o tempo. O céu estava encoberto com nuvens escuras. Com certeza iria chover, mas quando? Avistei, lá no alto, dois pássaros que bailavam, deliciosamente, alheios ao tempo e as minhas indagações.
De qual espécie seriam? De onde viriam? Por quê estavam ali? Qual o caminho tomariam?
Aos meus olhos eram apenas pássaros.
No mesmo instante veio-me a mente que é assim que o Senhor nos vê: todos iguais.
A diferença é que ELE tem todas as respostas sobre aquelas aves e sobre as nossas vidas.
O sinal abriu, atravessei a rua, e segui meu caminho invadida por uma PAZ indescritível.
Antes de chegar ao meu destino choveu.

Bom dia!
.

Menina mulher.


Lá se vai a menina
Vejo de relance o balançar de sua saia
Saltitante segue no caminho incerto
Na mão uma boneca puída pelo tempo

Vejo-a pelas costas
Distânciando do meu foco
Não lhe vejo o viço nem o riso
Vejo os passos

Não a detenho, nem a chamo
Sigo-a com os olhos
Ora com incentivo
Ora com saudade

Ela ainda não sabe das mudanças
Hoje Eu sei

Nem imagina as portas que se abrem
As descobertas
Sorrio de mim

Vá minha criança
Procurar teu ninho
No meu coração maduro

Me olho no espelho
e ainda te vejo em mim

Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 14/08/08
Código do texto: T128380

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Amor eterno.


Na piscina dos teus olhos eu vejo o mar
Com marolas de segredos
Num caudal de outros tempos

Na piscina dos teus olhos eu vejo estrelas
Elas atravessam o horizonte
E me levam para o fim do arco-íris

Na piscina dos teus olhos eu vejo árvores
Frondosas, firmes, de raízes profundas
Vejo ninhos de colibris

Na piscina dos teus olhos eu vejo brisa
No teu mapa: desejos e aflições
Na tua bússola: amor

No cata-vento da tua íris vejo a minha imagem
.

Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 11/11/08
Código do texto: T1292359
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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Encontros.


Eu
ainda
hei de me encontrar
na mesma esquina
do tempo
onde
o Verdadeiro Amor
passeia.


Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras em 19/11/08
Código do texto: T1292667

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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Essa noite.


Deito contigo
sob o mesmo céu de estrelas
cuja lua, enciumada, nos vigia
Não há proximidade nem toques
Só pensamentos
que vencem o horizonte
Aqui, a brisa fria invade o quarto
minha pele se arrepia
Imagino que aí
o teu corpo também se arrepie
Na conexão universal
dos sentimentos
que só requer harmonia

Etelvina de Oliveira
Outubro/08

Que me visite a simplicidade.


Quero uma vida simples e pacata

Amanhã não sei se ainda estarei na estrada

Para que o luxo e a ambição ?

Entopem as veias do coração

são filhos rebeldes da ilusão

Quero da vida o ar de montanha

flores do campo para cheirar

o sol poente espelhado no olhar

Da vida eu busco o gesto brando

o olhar contemplativo e manso

o rio que corre sereno

a levar meus cuidados em leito ameno



* Úrsula Avner*

http://www.ursulaavner.com.br/
http://ursulaavner.blogspot.com/
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terça-feira, 9 de junho de 2009

Outro dia.


Mais uma vez o sol surgiu no horizonte
Esse mesmo sol cobre teu dia
talvez mais quente, talvez mais límpido
O dia nasceu para nós dois.
Agora
Teus olhos se abrem para novas expectativas
Tua mão desliza no espaço vazio ao teu lado
Nos teus lábios surge um sorriso, mesmo sem querer
Pensas em mim?
Eu sim!
Quando deito, quando sonho, quando acordo
E nem sonhava te amar desse jeito!
Você está longe mas acordo te sentindo ao meu lado

Etelvina de Oliveira
Novembro/08

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tempo de recolher anjos.

Hoje o Senhor colheu mais uma florzinha do seu campo.
Cauã, de dois aninhos, a partir de hoje, irá exalar seu perfume no jardim celestial.
Fora de tempo? Deus o sabe.
Um culpado? Pode-se dizer que foi a mão mal conduzida, em hora errada,
que lhe aplicou a injeção.
Só sei que um anjo retornou a casa do nosso Pai.
Aqui ficamos: os pais, os avós, os tios, os amigos da família e, até,
o remédio que mata.
Que Deus venha consolar a todos e ajudar que cada um consiga carregar a sua culpa.
Se é que há.
Deus o sabe.
.
.
Nota: No último dia 2 de junho, Cauã foi levado à uma clinica particular para tratar de uma gripe com dor de garganta e vômito. Segundo os pais, ele recebeu uma injeção intramuscular, de Plagil e Novalgina. A criança começou a reclamar de dor mas os pais acharam que fosse pelo medo da injenção. Um dia depois, a perna inchou e Cauã passou a gritar e gemer de dor, ininterruptamente. Levado à clinica, constatou-se que a injeção tinha sido aplicada em local errado. Foi recomendado, apenas, compressas e que mantivessem a criança com a perninha pra cima. Ontem ele veio a falecer.

O quê sou.


"Quem me dera ser poeta
falar de amores
de dores.
Sou apenas uma sonhadora
que fala da vida."

Etel
23.12.07
D. A.

Amor


"Por mais que viva a humanidade
Poucos aprenderão o que é o verdadeiro amor.
Amor que aceita, que não cobra, que perdoa, que
ajuda, que não julga.

Amar é aprendizado
Amor é dom de Deus
"

Etel
08/05/08
DA

domingo, 7 de junho de 2009

Castelos de areia.

Num dia qualquer de verão, sem vento, resolvi construir um castelo na praia do meu coração. Sem o velho traquejo, mas com uma colher, um copo de água e um projeto.
Juntei a areia que umedecia aos poucos, gota a gota. Moldei as partes com a colher de sobremesa.
Sem muita firmeza. Mas a cada novo cômodo o sonho se expandia.
Envolvida deixei de observar a tarde que caia.
Não tardou chegou a primeira brisa, trazida não sei de onde: do passado? Do além?
A areia, quase seca, deslizou aqui e ali. Tentei recolocar, mas as partes, ali em pé, não aderiram com a mesma firmeza.
Ficou um castelo meio assim: nem de princesa nem real.
A brisa virou vento que, de tempo em hora, vem causticando o meu projeto.
Hoje já nem sei se é só areia, mas na praia estão a colher e o copo.
.
.

sábado, 6 de junho de 2009

Sentimentos.


As vezes
os sentimentos
tomam rumos
que desconhecemos.

Vagam,
se perdem e,
muitas vezes,
se reencontram.

Melhor deixá-los livres.
Sabê-los vivos, mesmo que distantes.

Assim são os amores e as amizades.

Etel
25/05/08

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Acabou.


Risquei
você da minha vida

Deletei
seus e-mails

Exclui
seu orkut, msn, etc

Ignorei
seus recados

Repeli
as lembranças

Demoli
os planos

Neguei
os sonhos

Desmenti
os desejos

Calei
o pranto

Finalmente
aconcheguei
a saudade

Abri
os braços
para o futuro

ETEL
27/05/08

De luto por um anjo.

Um anjo saiu dos braços de seus pais e voltou para o colo de Deus.
Sei que Ele está bem, mas nossos corações precisam se acostumar com sua perda. Nesse momento só posso chorar com meu amigo e sua família.
Até que o Senhor entre com providência e conforte os corações.

OS SONHOS DE DEUS
(Ludimila Feber)


se tentaram matar os teus sonhos
sufocando o teu coraçao
se lançaram voce numa cova e ferido perdeu a visao
nao desista nao pare de crer os sonhos de Deus jamais vao morrer
nao desista nao pare de lutar nao pare de adorar
levanta teus olhos e vê Deus esta restaurando os teus sonhos e a tua visão

recebe, recebe a cura, recebe a unçao
unçao de ousadia, unçao de conquista
unçao de multiplicacão

aleluia, aleluia,aleluia,aleluia .

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fases.


Tempos atrás, não tão longe assim
Caminhei nas estrelas

Nem pensei
que elas brilham
mesmo depois de mortas.

O que importava
é que uma estrela
Me fazia sonhar

Depois que acabou, só tempestade.

Hoje caminho na chuva
E não quero que ela passe
Quero que ela demore.

Quero sentir cada pingo,
cada vento,
cada raio.

Quero que a água
rasgue a terra,
quebre os galhos.

Que ela me invada...inunde....

Depois,
quero acompanhar em silêncio
enquanto ela seca.
Silencia e passa

Ai sim
poderei recomeçar.

Etel
30/10/07

Céu.

Céu

Céu, o meu quarto vazio em chamas te chama
Incendiando o meu leito absoluto na solidão.
Volúpias arremessadas desta tua lua profana
No fogo dos desejos, noite funda dos desvãos...

Tão assim na relvosa alfombra do sublimar.
Poderosa! Adentra com tua veste sensual
É que as mãos da noite virão nos desfolhar
No galope dos nossos corpos na horizontal...

E dos toques em total nudez nos acenderemos
Sim! O sangue ardente das nossas veias pulsará
Sobre o leito do amor. Céu,tu e eu brilharemos
Toma este poema que ti escrevo doido de amar.

O teu corpo todo por inteiro, eu sinto, vejo
Por mim acariciado no sentimento convulso
De ter-te aconchegado no pulsar dos beijos
Com amor, lascívia e emoção. Ah, eu surto!

Eu quero explodir de amor e ti nutrir de prazer
Afogar-te nas loucuras que em mim consomem
Beijar-te a boca em doce frenesi e tu a me dizer
Por entre sussurros: sou toda tua meu homem!

O Sibarita
publicado no blog: http://osibarita.blogspot.com/
em 01/06/09

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Que tipo de borboleta você é?

Duas lagartas teceram cada uma seu casulo.

Naquele ambiente protegido, foram transformadas em belíssimas borboletas.


Quando estavam prestes a sair e voar livremente, vieram as ponderações.


Uma borboleta, sentindo-se frágil, pensou consigo:
“A vida lá fora tem muitos perigos. Poderei ser despedaçada e comida por um pássaro. E mesmo se um predador não me atacar, poderei sofrer com as tempestades. Um raio poderá me atingir. As chuvas poderão colabar minhas asas, levando-me a tombar no chão. Além disso, a primavera está acabando, e se faltar o néctar? Quem irá me socorrer?”.


Os riscos de fato eram muitos, e a pequena borboleta tinha suas razões. Amedrontada, resolveu não partir. Ficou no seu protegido casulo, mas como não tinha como sobreviver, morreu de um modo triste, desnutrida, desidratada e, pior ainda, enclausurada pelo mundo que tecera.

A outra borboleta também ficou apreensiva; tinha medo do mundo lá fora, sabia que muitas borboletas não duravam um dia fora do casulo, mas amou a liberdade mais do que os acidentes que viriam. E assim, partiu. Voou em direção a todos os perigos.


Preferiu ser uma caminhante em busca da única coisa que determinava a sua essência.


texto: trechos do livro "O Vendedor de Sonhos", de Augusto Cury
.

Paixão.


Quero uma paixão
Que me esfrie a barriga
Que acelere o coração
Que me esquente o corpo

Quero uma paixão
Que roube meu sono
Que ocupe meu dia
Que me afague

Quero uma paixão
Que sobreviva as diferenças
Que apesar do tempo
Permaneça sendo Paixão


Etelvina de Oliveira
Publicado no Recanto das Letras
03/12/08