Roubaste-me o coração? Não.
Eu o entreguei.
Tão lentamente que não percebi.
De repente ele já era teu.
Assim como meus pensamentos.
Roubaste-me o coração? Talvez.
Como o cego segue o guia
Desviei meu caminho
Trilhei o desconhecido.
Ensinaste-me a amar.
Roubaste-me o coração.
Levaste o meu tesouro.
E ainda não sabes
em qual coração anda o meu?
Ai de mim!
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Vazio
Ai de mim,
que esqueci
quem sou
e como
pássaro
errante
alcei vôo
em direção
ao ninho
que não
me pertence.
És do mundo
sim,
de todos
que buscas
e daqueles
que te
procuram
não queres
ser ninho
e sim
apenas
passagem.
que esqueci
quem sou
e como
pássaro
errante
alcei vôo
em direção
ao ninho
que não
me pertence.
És do mundo
sim,
de todos
que buscas
e daqueles
que te
procuram
não queres
ser ninho
e sim
apenas
passagem.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Despedida
Quando
finalmente
consegui
dizer adeus
pro passado
o que vivemos
ficou mais
forte,
Um feixe de luz
bateu na janela
invadiu o espaço
se espalhou
iluminando
toda a sala.
Em um canto qualquer
a Esperança
sorriu.
finalmente
consegui
dizer adeus
pro passado
o que vivemos
ficou mais
forte,
Um feixe de luz
bateu na janela
invadiu o espaço
se espalhou
iluminando
toda a sala.
Em um canto qualquer
a Esperança
sorriu.
domingo, 16 de outubro de 2011
Pedaços de nós
Não me avisaste
que sua vinda
era na verdade
uma despedida.
Eu era um porto
de braços estendidos
a abraçar seu barco.
Hoje
sou um velho cais abandonado
sou bandeira de retalhos
desenhando desamores.
que sua vinda
era na verdade
uma despedida.
Eu era um porto
de braços estendidos
a abraçar seu barco.
Hoje
sou um velho cais abandonado
sou bandeira de retalhos
desenhando desamores.
domingo, 9 de outubro de 2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
Tsunami
Reabri as portas da memória
e não me reconheci.
Não tiramos fotos.
Os sonhos ruiram.
As ilusões desvaneceram.
Os planos foram levados.
Talvez, entre os escombros,
se ache resquícios do que fomos.
Mas, como os recuperar?
Após as tempestades
há de se aquietar e aprender
para então se recomeçar.
e não me reconheci.
Não tiramos fotos.
Os sonhos ruiram.
As ilusões desvaneceram.
Os planos foram levados.
Talvez, entre os escombros,
se ache resquícios do que fomos.
Mas, como os recuperar?
Após as tempestades
há de se aquietar e aprender
para então se recomeçar.
Escravos
Singrando pelos mares a miséria, a tempestade!
O navio negreiro, no seu porão, o povo de Daomé
Penumbra, fome, frio e chibatadas da crueldade,
Ó Cristo! Os capturados acorrentados pelos pés...
A manopla dos dias pesa no teu corpo em desgraça
Sonhos se desfazem sob o céu de temor e tremores
O sol da tua pátria na distância do cativeiro apaga-se
Choram, então, os escravos no palco dos horrores...
Na amplidão do horizonte, a sede e o tinir de ferros
O sangue jorra, banha o sol de vermelho sobre o sal
Estalam os açoites, negro arqueja, roda o azorrague,
O horror cobiça o teu corpo, a morte te faz o funeral
Oh, vidas ceifadas, como se ultraja assim o firmamento,
Onde estão os anjos? A cor dos céus é negra ou Branca?
Maldição! Nas senzalas, entoam-se os cantos de lamento,
O amanhecer veste-se de sangue, a vil chibata espanca!
No palor, a lua espia a peleja do incerto em céus varonil
Ruge a desgraça, o povo de Daomé geme na escravidão!
Os escravizados forçados a trabalhar nesse imenso Brasil
Era o chicote no ar, o chicote a sangrar pelo bem da nação...
Na indigência de um povo escravo não há o que resumir
Sim, somos nós os filhos dos capturados, dos adulterados
Ó tempo! Não temos vergonha de admitir e de assumir
Em cada pedra do Pelourinho está o sangue derramado...
Mas, vamos acabar com toda essa história que se diz
Revelando, agora, o sofrimento de um povo roubado
Escravizado, castrado... E, sempre, negado a ser feliz
Por toda miséria, somos nós teus filhos, os favelados...
Estamos jogados nas favelas, dependurados nos morros
Não temos morada, marcados nas calçadas como animal
Estamos nos buracos. Deus, ouça nosso grito de socorro
Sim, não temos nada, nos liberta desse cativeiro mental...
Pálidos guerreiros nas escuras profundezas do abismo
Estremecem-se nos horizontes dos céus reverberados,
Choram nos ferros gusa por teus descendentes nascidos
Na lei do ventre livre e na saga continuam escravizados...
Por isso não temos vez e sempre estamos nas cozinhas
No papel menor, no papel pior, servidão que nos corrói
Degenera a nossa sina na pele negra de Joãos e Marias,
A chibata estalando, a chibata sangrando até hoje dói...
Oh, auriverde pendão do meu Brasil ruge no teu estandarte
A saga, onde, crianças negras são os aprendizes de marginais.
Aos ferros embate de um potente povo sempre em descarte
É! Mas, transamos bem o corpo, a mente e o espírito nos aís...
Sou negão, o meu coração é a liberdade!
por Nelson Haroldo
O navio negreiro, no seu porão, o povo de Daomé
Penumbra, fome, frio e chibatadas da crueldade,
Ó Cristo! Os capturados acorrentados pelos pés...
A manopla dos dias pesa no teu corpo em desgraça
Sonhos se desfazem sob o céu de temor e tremores
O sol da tua pátria na distância do cativeiro apaga-se
Choram, então, os escravos no palco dos horrores...
Na amplidão do horizonte, a sede e o tinir de ferros
O sangue jorra, banha o sol de vermelho sobre o sal
Estalam os açoites, negro arqueja, roda o azorrague,
O horror cobiça o teu corpo, a morte te faz o funeral
Oh, vidas ceifadas, como se ultraja assim o firmamento,
Onde estão os anjos? A cor dos céus é negra ou Branca?
Maldição! Nas senzalas, entoam-se os cantos de lamento,
O amanhecer veste-se de sangue, a vil chibata espanca!
No palor, a lua espia a peleja do incerto em céus varonil
Ruge a desgraça, o povo de Daomé geme na escravidão!
Os escravizados forçados a trabalhar nesse imenso Brasil
Era o chicote no ar, o chicote a sangrar pelo bem da nação...
Na indigência de um povo escravo não há o que resumir
Sim, somos nós os filhos dos capturados, dos adulterados
Ó tempo! Não temos vergonha de admitir e de assumir
Em cada pedra do Pelourinho está o sangue derramado...
Mas, vamos acabar com toda essa história que se diz
Revelando, agora, o sofrimento de um povo roubado
Escravizado, castrado... E, sempre, negado a ser feliz
Por toda miséria, somos nós teus filhos, os favelados...
Estamos jogados nas favelas, dependurados nos morros
Não temos morada, marcados nas calçadas como animal
Estamos nos buracos. Deus, ouça nosso grito de socorro
Sim, não temos nada, nos liberta desse cativeiro mental...
Pálidos guerreiros nas escuras profundezas do abismo
Estremecem-se nos horizontes dos céus reverberados,
Choram nos ferros gusa por teus descendentes nascidos
Na lei do ventre livre e na saga continuam escravizados...
Por isso não temos vez e sempre estamos nas cozinhas
No papel menor, no papel pior, servidão que nos corrói
Degenera a nossa sina na pele negra de Joãos e Marias,
A chibata estalando, a chibata sangrando até hoje dói...
Oh, auriverde pendão do meu Brasil ruge no teu estandarte
A saga, onde, crianças negras são os aprendizes de marginais.
Aos ferros embate de um potente povo sempre em descarte
É! Mas, transamos bem o corpo, a mente e o espírito nos aís...
Sou negão, o meu coração é a liberdade!
por Nelson Haroldo
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Sei la........
Virei a página
As próximas.....
estão em branco
Os sentimentos
sangram
Vaza
Escorre
Não há como estancar
Deixo que pingue
Até
As próximas.....
estão em branco
Os sentimentos
sangram
Vaza
Escorre
Não há como estancar
Deixo que pingue
Até
Quem sabe
derreta o gelo
que há em mim
agora..........
que há em mim
agora..........
sábado, 12 de março de 2011
É a vida
Vejo que a vida segue
apesar do desencanto
Mesmo sem arco-íris
Nem pássaros, ou flores
Ela vai adiante
Não há planos
Perdeu-se no tempo
nossos sonhos
Mas há versos
frases desencontradas
Há passado.
Que bom que o vivemos.
apesar do desencanto
Mesmo sem arco-íris
Nem pássaros, ou flores
Ela vai adiante
Não há planos
Perdeu-se no tempo
nossos sonhos
Mas há versos
frases desencontradas
Há passado.
Que bom que o vivemos.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Só hoje
A saudade é tanta que reli teus versos
Procurei nas rimas os teus passos
Mas não li nelas os teus abraços
Nem senti o mel dos teus beijos
Por onde anda os teus encantos,
Outrora estampados nos meus olhos?
Sim, a saudade é pássaro que não vôa
Nem são doces as noites livres de ti
Meus lábios ruminam as palavras
No anseio de encontrar teus ais
Meus pés e meus sentindo paralizam
Mas vai rasante o grito do meu coração
Ai de mim, o horizonte foge espantado
Na solitude do silêncio...
Procurei nas rimas os teus passos
Mas não li nelas os teus abraços
Nem senti o mel dos teus beijos
Por onde anda os teus encantos,
Outrora estampados nos meus olhos?
Sim, a saudade é pássaro que não vôa
Nem são doces as noites livres de ti
Meus lábios ruminam as palavras
No anseio de encontrar teus ais
Meus pés e meus sentindo paralizam
Mas vai rasante o grito do meu coração
Ai de mim, o horizonte foge espantado
Na solitude do silêncio...
domingo, 16 de janeiro de 2011
De luto.
Te vi partir
Sem aviso
Sem adeus
Sem lamentos
Foste forte
Na fraqueza
Na entrega
Na partida
De ti
Fica o vazio
As lembranças
E muita saudade
Luiz Mariano (1942 + 2011)
Agarrei-me a saudade
Sem aviso
Sem adeus
Sem lamentos
Foste forte
Na fraqueza
Na entrega
Na partida
De ti
Fica o vazio
As lembranças
E muita saudade
Luiz Mariano (1942 + 2011)
Agarrei-me a saudade
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