quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Borboleta Azul

Entre tantas borboletas
Uma Azul
pousou em mim
Chegou tão de manso
que nem vi
Só sei que tocou em mim
Meiga, bela e frágil
Breve instante, porem mágico
Me encantou
Quem sabe também a ela
Pois, desde então
Entre tantas,
Coloridas e belas
Existe uma Borboleta Azul
Que vem, chega e pousa
No lugar só dela


14/08/08

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O cachorro do meu pai

Hoje acordei com saudades do cachorro do meu pai. Um mês depois do meu 11º aniversário ele se mudou pra casa da vizinha. Não entendia o porquê mesmo minha mãe afirmando que cachorro macho é assim mesmo. Só me lembro que sempre que ficava zangada com ela, ou com muita saudade do meu pai, eu gritava:

- Nem o cachorro do meu pai quis ficar nessa casa.
E ela, calmamente respondia:
- Filha, a vizinha era esposa do melhor amigo do seu pai, por isso ele foi morar na casa dela.

Não importa no mesmo ano eu perdi meu pai e minha mãe o cachorro dela - quando era pra elogiar o cachorro era dela.

Até hoje ela mesma diz que aquele foi o único cachorro que ela gostou de verdade, teve outros, mas nunca se apegou. Ficava com eles um tempo daí enjoava e mandava embora.

Minha irmã até hoje não quis saber de cachorro em casa, mas eu resolvi tentar. Quando contei pra minha mãe ela foi logo dizendo:
- Você é quem sabe, mas não importa a raça nem a cor: cachorro macho vive demarcando território.

E completava: - Melhor pegar fêmea.
Na época, nem dei ouvidos à minha mãe. Hoje, sei que minha mãe tinha lá sua razão.

O meu não podia ver rabo de saia que ficava na maior safadeza e quando eu saia com ele na rua não podia ver uma fêmea que já se assanhava todo.

Que vergonha!
Mas como eu não queria dar o braço a torcer pra minha mãe, agüentei firme. A gota d’água foi o dia em que cheguei do trabalho e encontrei aquela minha blusa maravilhosa - de seda fina, decotada e justinha -, toda rasgada. Fiquei furiosa e mandei o cachorro embora.

Passei uma barra, pois meu filho já tinha se apegado ao cão, mas não teve jeito não podia voltar atrás na decisão.

Ficamos um bom tempo sem nenhum cachorro em casa. Em um dos aniversários da minha caçula saímos para escolher um presente e o inevitável aconteceu: apaixonamos-nos por um par de olhos castanhos naquela carinha de “mamãe me leva”.

Voltamos pra casa felizes com a primeira fêmea da minha vida: Pandora, uma beagle tricolor.

Mas essa é outra história.


Bom dia!