domingo, 31 de maio de 2009

Beija-me.


Beija-me os lábios!
Na virgilia da noite
penso em ti, ouço-te.

Beija-me a face!
Por amor a este amor,
toca-me em sonhos.

Beija-me as mãos!
E negue-me um sorriso
se de ti me esqueci.

Beija-me sem véus!
Aos murmúrios do amor
tudo se diz no infinito.

Beija-me e te dou uma flor
para ser tua companhia
na solidão das noites frias.

Etel
05/12/08
(homenagem à um amigo poeta)

sábado, 30 de maio de 2009

Quimeras


Quando menina
pensei que no fim do arco-íris
havia um pote de ouro

Hoje descobri
que o arco-íris é o TEMPO
que pote é o CORAÇÃO
e que o ouro é a PAIXÃO ETERNA

Quimeras.........
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Etelvina de Oliveira
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Publicado no Recanto das Letras em 04/12/08
Código do texto: T1318453

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Amor.


"A maioria das vezes,
buscamos um amor
só porquê
Precisamos de olhos
que vejam em nós
o quê não enxergamos "


Etel
06/06/08

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Borboleta azul.


Entre tantas borboletas
uma Azul
pousou em mim.
Chegou
tão de manso
que nem vi.
Só sei
que
tocou em mim.
Meiga, bela e frágil.

Breve instante,
porém mágico.
Me encantou.
Quem sabe
também a ela.
Pois,
desde então,
entre tantas,
multicoloridas,
existe uma Borboleta Azul
que vem, chega e pousa.
Nesse lugar só dela.

Etel
D.A.
28/02/08

terça-feira, 26 de maio de 2009

Coisas de mãe coruja.



O Senhor colocou em meu ninho dois pássaros lindos para que os ensinasse com autoridade e carinho.
Mais carinho que autoridade, confesso.
Tenho visto que de delicados filhotes tornam-se, a cada dia, adultos vistosos.
Breve alçarão seus primeiros vôos.
Se possível fosse eu os manteria aconchegados nas tramas do ninho. Distraídos e envolvidos com o interno da vida.
Mas, hão de voar.
Tal qual o canto das Cotovias, me pego encatanda ouvindo-os – não só com os ouvidos mas também com a alma.
Sei que, mesmo que aos meus olhos, meus Colibris me pareçam frágeis e sensíveis, pela Graça dada por Deus, eles possuem boas asas e visão muito apurada.
Ainda assim, se me coubesse, eles não Beijariam flor fora do ninho.

Acho que hoje acordei sofrendo, antecipadamente, da famosa síndrome do “Ninho Vazio”.
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sábado, 23 de maio de 2009

Sou chorona, e daí?

Etelvina de Oliveira


Se você é madura, durona, resolve tudo na conversa ou no tapa, sem derramar uma lágrima. Parabéns! Sou seu oposto. Eu choro.
Não que eu não resolva as coisas, mas antes eu choro.

Choro vendo filmes – de romances á comédias -, vendo comerciais, assistindo noticiário, ouvindo uma história qualquer que me contam. Choro porque você está chorando. Choro porque eu estou feliz, ou porque você realizou um sonho. E não raro choro porque choro.

Ah, eu choro quando perco a calma, quando discuto, quando digo algo além do que devia, quando me arrependo, quando sou ofendida e me exalto, quando não me entendem, quando levo bronca, quando não me ligam, quando me ignoram, quando amo sozinha, quando perco o prumo, quando alguém chega e quando esse alguém parte. Sou chorona mesmo!

Como se não bastasse, agora arrumei mais uma fonte para derramar minhas lágrimas: meus amigos blogueiros. Quando os visito e os textos são tristes, eu choro. Quando leio as poesias, as danadas brotam nos olhos. Quando vêm aqui e derramam seu carinho nos comentários, adivinhe? Eu choro.

No meu caso, nem adianta por a culpa na TPM, no signo, na idade, no fato de ter sido mimada. Sou chorona, e daí?

Meus filhos se divertem, sentam do meu lado e já perguntam: não vai chorar né, mãe?
Só sei que, de todas as minhas reações, o choro é o mais espontâneo, independente e livre de convenções.

Meus sentidos captam o fato, a emoção desce ao coração e a água, pura e santa, abunda nos olhos. Elas banham as pupilas e rolam pelas faces desnudando a alma. Revelam os segredos, o carinho, a ira, as fraquezas e até mesmo a força, porque não? Mesmo que essa última seja diminuta, ela me foi dada por Deus. Na medida certa estabelecida por ele.

Então eu declaro: que hoje seja o dia nacional do choro.

Que chorem os felizes, os tristes, os que sofrem, os cruéis, os que matam, os que ferem, os que observam, os que já se esqueceram como se faz.

Liberem o choro!

Lembre-se: você é humano. E, como humano, até Jesus chorou.
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sexta-feira, 22 de maio de 2009

O vendedor de sonhos.

Etelvina de Oliveira



Estou apaixonada por este livro. Uma leitura gostosa e envolvente.
Para quem já leu a biblía, ou conhece alguns versículos dela, com certeza vai identificar algumas de suas passagens.Não que o objetivo seja esse, aliás, nem tenho a pretensão de fazer uma crítica da obra. Apenas senti dessa forma e estou vendendo esse sonho aqui.

Hoje recebi um pps com as frases do livro, que transcrevo abaixo, que deixaram meu dia ainda mais belo. Espero que você goste.

Citações do livro “O vendedor de sonhos” de Augusto Cury

Sem sonhos, os monstros que nos assediam, estejam eles alojados em nossa mente ou no terreno social, nos controlarão.

O objetivo fundamental dos sonhos não é o sucesso, mas nos livrar do fantasma do conformismo.

Quem não é generoso consigo mesmo jamais o será com os outros. Quem cobra muito de si mesmo é um carrasco dos outros.


A generosidade é um dos maiores sonhos que devemos difundir no grande “caos social”.

Generosidade é uma palavra que habita os dicionários, mas raramente o coração psíquico.

Só dorme bem quem aprende primeiramente a repousar dentro de si.

É possível fugir dos monstros de fora, mas não dos que temos dentro da mente.

Os egoístas vivem no calabouço das suas angústias, mas os que atuam na dor dos outros aliviam a própria dor.

Sou apenas um caminhante que perdeu o medo de se perder.

Os que vendem sonhos são como o vento: você ouve a sua voz, mas não sabe de onde ele vem e nem para onde vai.

O importante não é o mapa, mas a caminhada.

Não existem heróis. Todo gigante encontra obstáculos que o transformam em criança.

Se quiserem vender o sonho da solidariedade, terão de aprender a enxergar as lágrimas nunca choradas, as angústias nunca verbalizadas, os temores que nunca contraíram os músculos da face.

Nunca procurei meu filho e lhe perguntei quais eram seus temores ou suas mais marcantes frustrações. Impus regras para eles, lhe apontei erros, mas jamais vendi sonhos de que sou um ser humano que precisa conhecê-lo e precisa ser amado por ele. Nunca procurei um aluno que expressasse um ar de tristeza, irritabilidade ou indiferença.


Mas a vida me ensinou...

Somos criativos em excluir, mas inábeis em incluir.

Começamos a entender que, quando somos frágeis, aí é que nos tornamos fortes.

Não existem pessoas imprestáveis, mas pessoas mal valorizadas, mal utilizadas, mal exploradas.

O ser humano morre não quando seu coração deixa de pulsar, mas quando de alguma forma deixa de se sentir importante.

Aprenda que uma pessoa pode ferir seu corpo, mais jamais poderá ferir sua emoção, a não ser que você permita.

A vida se extingue rapidamente no parêntese do tempo. Vivê-la lenta e deslumbradamente é o grande desafio dos mortais.

O AUTOR:

Augusto Jorge Cury é um psiquiatra, psicoterapeuta, escritor e cientista brasileiro. Nasceu em Colina, no interior de São Paulo em 2 de outubro de 1958. Autor de vários livros de grande sucesso no Brasil, é um estudioso sobre as dinâmicas da emoção e da construção dos pensamentos. Dirige a Academia da Inteligência no Brasil, um instituto de formação para psicólogos, educadores e outros profissionais. À sua actividade, alia ainda a participação em congressos e conferências em diversos pontos do mundo, onde os seus livros estão publicados.

Fica a dica de um bom livro.

Um lindo final de semana pra ti.
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terça-feira, 19 de maio de 2009

Memórias

Pode o mundo duvidar,
mas o meu amor te acompanha
no silêncio da noite,
nas sombras da penumbra,
no teu recanto de paz.
É um toque de veludo,
um beijo pousado na face...
Beijo de sonho,arrancado da alma,
sonho e desejo
de um passado que espreita
melancólico,
esperando,agonizante
sorver, de novo,
teu sorriso e teu olhar...
para sempre meus,
aprisionados,
naquele instante que vivemos juntos.
Teus sonhos são meus.
Tempo não existe, só você em mim.


Texto: Pati K
Publicado no blog Perolas que Colhi, Flores e Poesia(http://pati-prolasqescolhi.blogspot.com), no dia 19/11/2007.
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sexta-feira, 15 de maio de 2009

O que é simpatia.

Simpatia - é o sentimento
Que nasce num só momento,
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos;
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.
Simpatia - são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.
São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes
Ou dois poemas iguais.
Simpatia - meu anjinho,
É o canto de passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu d'agosto
É o que m'inspira teu rosto...
Simpatia - é quase amor!

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Casimiro de Abreu
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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Guardei-me para ti.

Guardei-me para ti como um segredo
Que eu mesma não desvendei:
Há notas nesta guitarra que não toquei,
Há praias na minha ilha que nem andei.

É preciso que me tomes, além do riso e do olhar,
Naquilo que não conheço e adivinhei;
É preciso que me ensines a canção do que serei
E me cries com teu gesto
Que nem sonhei.
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Lya Luft
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