quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Perda

Quando

o medo

de perder

é maior

que o riso

Talvez

seja hora

de dar

linha a pipa

se aquietar

no silêncio

e esperar

Que o vento

leve o que tem que ir



22/10/09

sábado, 17 de outubro de 2009

Nada sei.


Pensei que soubesse algo sobre o amor,
Ergui bandeiras contra a posse, o ciúmes e a dor.
Sonhei com amores impossíveis, sem fim.
Deles, só restou um espaço no peito. Um oco.

Saí em busca dos poetas.
Mas, ainda não sei se os lindos poemas que leio
são verdades ou só doces palavras rimadas.
Emociono-me. As vezes choro. Mas falta a presença.
Sei lá. São idas e vindas, tristes ausências.
Carências que gritam em mim. Ninguém ouve. Me calo.

Então, o que sei do amor?
Eu sei de mim. Talvez.
Não há regras, nem teorias.
Perfeição? Ledo engano.
Não existem estradas seguras.
Sempre é a primeira vez.

Gostaria de falar sobre nós. Mas o nós não existe.
Dou tempo ao tempo, que vai de sol a sol no horizonte.
Se vou ou se vens, nada sei. Espero. Com medo de sonhar.
Fecho brechas para que o encantamento de amar não me escape.

Acredite.
Quando me olho, vejo você.
Se calo, o pensamento voa.
Se me afasto, te levo comigo
Sim, meu coração te chama
Quando te ouço, cedo, me entrego.
Sou outra.....Ou não.
Sou sua.
Se és meu, você o sabe.
Mas não serei injusta:
Que fale de amor
Quem não for fingidor







Etelvina
17/10/09

sábado, 10 de outubro de 2009

Solidão



É não ser vista
Preconceito
Indiferença
Desamor


Etelvina de Oliveira
10/10/09

sábado, 3 de outubro de 2009

Apocalipse.


Apaguem os astros do céu
Pintem de cinza o arco-íris
Que o mar recolha seus braços
Abram-se sulcos no chão
E as flores se fechem em botão

Faça-se silêncio
Calem o vento e as aves
Não se ouça vãs confissões

Ninguém se mova
Barcos, fiquem a deriva!
Aeronaves, não voem!

Que cada ser transpire emoção
Até que vaze de si a ira, o ódio e o rancor
Olhem-se nos olhos
Descubram o AMOR
plantado em ti pelo Pai.

03/10/09
Etelvina de Oliveira

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Incerto


O medo avizinha

Sou vulcão e lava seca

Sou riacho e mar bravio

Sou metade

Sou dúvida


Um muro invisível nos separa


Não há nexo, só escolhas
*
*