quinta-feira, 1 de maio de 2008

Eu e as plantas


Um amigo acaba de me dizer que ia cuidar de suas plantas.
Interessante!
Não sei o que há de errado nessa relação: minha pessoa e as plantas.
Adoro plantas, nem todas, prefiro flores e as rosas em especial.
Já morei em casa com jardim. Uma delicia jogar água nelas. As gotas ficam horas escorrendo pelas folhas, da terra sobe aquele cheiro gostoso e delas sai aquele perfume fresco.
Nossa, lembro que plantei varias florzinhas (num sei o nome de nenhuma) e uma rozeira linda de uma espécie diferente, pelo menos pra mim, que trouxe do Paraná. Cheinha de rozinhas grudadinhas uma nas outras.
Lindas.
Comprei vários enfeites de jardim: sapinhos, passarinhos e pedras coloridas. Não satisfeita coloquei pregos e vasos na parede, uns três apoios para uma planta bonitinha que soltava galhos enormes que subiam pela garagem.
No fim da tarde eu adorava sentar ali do ladinho do meu enorme jardim de 0,90 cm de largura por 1,5 m de comprimento. Me sentia na Amazônia. Claro, de onde eu estava dava pra ver árvores do outro lado da rua (não sou loira né).
Até que um belo dia a Pandora, a beegle da minha filha, descobriu que ali era o melhor lugar do mundo para ser seu banheiro e seu esconderijo para enterrar de um tudo.
Lá se foram rozinhas, florzinhas, plantas, terra, enfeites, cano da água, pintura da parede......
Em pouco tempo aquele espaço se tornou uma referência de um pós guerra.
Mas não pense que foi assim "uma guerra", começou com uma desobediência, um ato de rebeldia, uma coisinha boba e a coisa foi criando corpo.
Ela me olhava com aqueles olhinhos de vítima, dava uma lambida, e pronto. E fui deixando prá lá. Quando finalmente me dei conta "as flores já eram mortas".
Hoje moro em um confortável "apertamento" de dois quartos, micro sala e micro corredor para fogão e geladeira. Como não poderia deixar de ser, tenho micro vasos com micro rosas.
Como penso grande, ou as afogo com abundância de água, que além de matá-las me molham a mesa, ou esqueço totalmente das "bichinhas" que ficam gritando por socorro no deserto.
Precisam ver a felicidade quando recebem a tão sonhada água.
Posso dizer que minhas plantas são sobreviventes.
Mas, ultimamente, tenho seguido os conselhos dos filhos.
Sempre que vou ao mercado e perco horas observando as flores, escolhendo as mais bonitas, aquele som doce de reprovação soa nos meus ouvidos:
- Mãe, a senhora vai levar mais planta pra morrer em casa?
Desisto!

um beijo
Etel
01/05/08

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