sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mãe moderna

Minha amiga Sonia Regly tem um blog(*) maravilhoso que nos obrigada a pensar e refletir sobre coisas importantes.

Hoje li na sua página um texto que fala das alarmantes pesquisas sobre os Jovens brasileiros. As estatísticas são assombrosas.

Não sou especialista no assunto, nem pretendo, mas, como em tudo adoro colocar meu "bedelho", vou deixar aqui um pouquinho de mim.

Tive uma criação rígida, sem meios termos. Minha mãe dizia o que era certo e pronto. Não havia questionamentos.

Existiam duas classes: os adultos - aqui entram todos que fossem mais velhos que eu e, por tanto, donos de conhecimento e da razão - e, do outro lado, EU - criança, mais novos, jovens, etc.

Existia uma norma de conduta e respeito inabalável.

Tudo que não soubéssemos recorríamos aos “conselhos dos mais velhos”. Em caso de perigo, a ordem era sempre a mesma: procure sempre por um policial.

Pessoas de bem não roubam,não matam, estudam, trabalham e formam famílias.

Quem ultrapassasse esse "limite" era rebelde.
Tornava-se uma pessoa "não grata" e deveria ser riscada do meu convívio pessoal.

Ai estavam incluídos os que furtavam pequenas coisas; os que cabulavam aulas; os briguentos; os que respondiam para os professores e os usuários de drogas: cigarros, bebidas e maconha.

Ditadura? Militarismo?

Não sei. Funcionava para minha família.

Comecei a trabalhar aos 15 anos, estudei, me formei, casei com um homem responsável e trabalhador que teve a mesma criação que eu. Tivemos dois filhos.

Nesse meio tempo tudo mudou.

Muitos já escreveram sobre essas mudanças, vou repetir aqui trechos de textos que guardei na mente por dizerem exatamente o que observei e vivi na pele.

Com meus filhos, se eu quisesse, poderia contar com o auxílio de terapeutas, pedagogos, orientadores escolares e profissionais multidisciplinares.

Tudo isso para não lhes dar a mesma educação “tirana” que recebi.

Essa nova geração agora podia contar com os Direitos Humanos e os Direitos dos Menores e Adolescentes. O trabalho antes dos 18 anos passou a ser crime.

Filhos ajudarem no trabalho de casa passou a ser crime. Jovens e crianças ganharam o direito de questionar e impor suas opiniões de igual para igual com todo o "mundo adulto". Doutrina religiosa passou a ser preconceito.

Educação cívica passou a ser "careta", e muitos nem sabem cantar o Hino Nacional. Fumar e beber junto com os pais passou a ser interação igualitária e familiar. E meu filho de 16 anos faz questão de votar esse ano.

No meu caso, tive que fazer escolhas.

Mantenho as bases e me adapto as “modernidades”.

Mas em termos de mundo como ficamos? Que escolhas os adultos estão tendo para lidar com esses jovens?

E os professores, muitos têm a minha idade e outros tantos já são frutos dessa geração “mutante”.

Será que nós, a sociedade, não estamos acuados sem saber como lidar com o que “criamos”?

Com a Graça de Deus, até aqui os princípios bíblicos fazem parte da conduta da minha família.

Mas o mundão está aí. Quando eles saem oro para que Deus os livrem das garras dos marginais e dos policiais corruptos. Torço para que estejam em um lugar que possam sacar do celular - que esse tenha bateria – e que lembrem de ligar pra mim antes de falar “com qualquer” estranho na rua.

E fico com o coração nas mãos e me sentindo antiquada, principalmente, quando me pego desejando estar vivendo HOJE exatamente como eu vivi com meus pais.


texto: Etelvina de Oliveira, baseado em opiniões de vários autores.

(*)compartilhandoasletras.blogspot.com

5 comentários:

Anonymous disse...

eliane ely enviou o link de um blog para você:

amiga ,acho que realmente viviamos melhor e não sabiamos,mas enfim estamos aqui e temos que acompanhar esta evolução....Parabens pela escolha do tema..beijokas

Sonia Regly disse...

Etel,
Fico muito feliz quando vc me visita. Realmente essa geração é Casa Rebelde , como diz a Palavra de Deus. Precisamos orar, aconselhar, educar, cobri-los de oração e Poder de deus, conversar muito com eles. Fiquei muito feliz com o tema, e com a ajuda.Vc é um doce, que Deus a abençoe sempre!!!! Beijos.

Sonia Regly disse...

Etel,
Sou Professora do município do rio e vejo coisas de arrepiar os cabelos na Escola. Só Deus e o seu Poder para mudar essa realidade.

Sonia Regly disse...

Querida Etel

Hoje coloquei uma interessante postagem sobre Hipertensão Arterial. Passe por lá e me d~e a honra de seu comentário, ele é importante para mim.

luacheia disse...

Oi amiga, vim te deixar meu beijo de boa semana...
(não achei o que me falou rs)