domingo, 15 de fevereiro de 2009

Soneto da Separação.




De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.



De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.



Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


Tezto: Vinicius de Moraes

8 comentários:

[ rod ] ® disse...

Vinícius é leitura e ouvido necessário para nossa existência... recomendo ver o filme.

Veja e me fale.

Bjs moça,






Novo Dogma:
convenHamos...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Uma aprendiz disse...

Adoro poesias, as do Vinicus são uma delicia para cada ocasião.

beijo, Rod, vou lá no seu blogue conhecer seu cantinho

Paula Barros disse...

Muito bonito o soneto. O sentimento de separação sempre é sofrido. Mesmo quando se sente que chegou a hora, ou que é necessário.

beijinhos.

Uma aprendiz disse...

Verdade, Paula.

Esse Vinicius sabia de tudo. kkk

beijos

Olavo disse...

È..Vinicios sabia das coisas mesmo..sem duvida rs
Otima semana
Beijos

Uma aprendiz disse...

Verdade, meu amigo.

Tudo que escreveu é lindo.

beijos

O Sibarita disse...

SE ele sabia mesmo esqueceu de dizer que as vezes há enganos no que enxergamos...

Sei não, essa moça não ta para brincadeira não!

Valha-me Senhor do Bonfim!

bjs
O Sibarita

Uma aprendiz disse...

Siba, deixe de ser machista!

Quer dizer que sempre sismamos com as coisas, é?

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Você é muito fofo, meu amigo.

beijo