domingo, 10 de janeiro de 2010

S.O.S.

Confesso: não sei nadar.
Me contentava em observar a água de longe.
Da borda, via os que se divertiam ou sofriam
Molhava apenas os artelhos.
Insegura. Sonhadora. Deslumbrada.

O encanto do mar me roubou o siso.
Fechei meus os olhos. Sumiu o risco.
Caminhei por entre as pedras.
E me molhei um pouco mais.
Agora era paixão. Desejos.

O mar, todo sedução, me cobriu o corpo.
Enquanto suas ondas ainda beijam a praia.
Apavorei! Gritei até perder a voz.
Se escutastes, com certeza não ouviu.
Agitei as mãos, pedi, insisti, chorei.

Quem sobreviveu, não vê em ti arrependimento.
Nem o som que sai te tí é inocente.
Responda-me: Há, ou houve, em tí amor por quem cativas?
Ou é só prazer de possuir por breve instante
E depois lançar à praia os corações sem vida?

Aquele que nos criou nos observa.
E virá dele as respostas.
Sé há injustiça ou engano.
Ele secará os prantos e acalmará as águas devoradoras.
Mas, por amor, ou por misericórdia, lança-me hoje a bóia que lhe pedi.


10/01/10

Um comentário:

O Sibarita disse...

Oxente? E não jogaram a bóia? kkkkkk

E ai, se afogou todinha foi fia? kkkkkkkkkkkk

Apaixonada é? kkkkkk

bjs
O Sibarita