Se me ponho a cismar em outras eras
Em que rí e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi outras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Texto: Florbela Espanca
6 comentários:
Rapaaaazz! kkk A Florbela dispensa comentários, quem sou eu para faze-lo?
Agora, que é essa poesia diz, diz sim e muito... kkkkk
bjs
O Sibarita
Você sabia que antes da Florbela escrever esses versos ela conversou comigo??? Por isso ela escreveu essa palavras, ela me retratou!!! Com a diferença que ela nos versos foi sutil e eu... bem você sabe, as lágrimas pulavam dos olhos.
Oi, Sibarita
Essa mulher é que sabia das coisas. kkkkk
beijo paulista na testa
Oi, Yára
Sabe que te reconheci nos versos! kkkkkkkk
beijos amiga
Olá amiga, linda.
Quem sou eu a comentar Florbela?
Nem pensar.
A poesia está muito linda.
beijos amiga.
Uma semana repleta de muita paz e amor.
Regina Coeli.
Obrigada, Regina
Continue me visitando, viu?
Adorei.
beijos
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