sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mãe moderna

Minha amiga Sonia Regly tem um blog(*) maravilhoso que nos obrigada a pensar e refletir sobre coisas importantes.

Hoje li na sua página um texto que fala das alarmantes pesquisas sobre os Jovens brasileiros. As estatísticas são assombrosas.

Não sou especialista no assunto, nem pretendo, mas, como em tudo adoro colocar meu "bedelho", vou deixar aqui um pouquinho de mim.

Tive uma criação rígida, sem meios termos. Minha mãe dizia o que era certo e pronto. Não havia questionamentos.

Existiam duas classes: os adultos - aqui entram todos que fossem mais velhos que eu e, por tanto, donos de conhecimento e da razão - e, do outro lado, EU - criança, mais novos, jovens, etc.

Existia uma norma de conduta e respeito inabalável.

Tudo que não soubéssemos recorríamos aos “conselhos dos mais velhos”. Em caso de perigo, a ordem era sempre a mesma: procure sempre por um policial.

Pessoas de bem não roubam,não matam, estudam, trabalham e formam famílias.

Quem ultrapassasse esse "limite" era rebelde.
Tornava-se uma pessoa "não grata" e deveria ser riscada do meu convívio pessoal.

Ai estavam incluídos os que furtavam pequenas coisas; os que cabulavam aulas; os briguentos; os que respondiam para os professores e os usuários de drogas: cigarros, bebidas e maconha.

Ditadura? Militarismo?

Não sei. Funcionava para minha família.

Comecei a trabalhar aos 15 anos, estudei, me formei, casei com um homem responsável e trabalhador que teve a mesma criação que eu. Tivemos dois filhos.

Nesse meio tempo tudo mudou.

Muitos já escreveram sobre essas mudanças, vou repetir aqui trechos de textos que guardei na mente por dizerem exatamente o que observei e vivi na pele.

Com meus filhos, se eu quisesse, poderia contar com o auxílio de terapeutas, pedagogos, orientadores escolares e profissionais multidisciplinares.

Tudo isso para não lhes dar a mesma educação “tirana” que recebi.

Essa nova geração agora podia contar com os Direitos Humanos e os Direitos dos Menores e Adolescentes. O trabalho antes dos 18 anos passou a ser crime.

Filhos ajudarem no trabalho de casa passou a ser crime. Jovens e crianças ganharam o direito de questionar e impor suas opiniões de igual para igual com todo o "mundo adulto". Doutrina religiosa passou a ser preconceito.

Educação cívica passou a ser "careta", e muitos nem sabem cantar o Hino Nacional. Fumar e beber junto com os pais passou a ser interação igualitária e familiar. E meu filho de 16 anos faz questão de votar esse ano.

No meu caso, tive que fazer escolhas.

Mantenho as bases e me adapto as “modernidades”.

Mas em termos de mundo como ficamos? Que escolhas os adultos estão tendo para lidar com esses jovens?

E os professores, muitos têm a minha idade e outros tantos já são frutos dessa geração “mutante”.

Será que nós, a sociedade, não estamos acuados sem saber como lidar com o que “criamos”?

Com a Graça de Deus, até aqui os princípios bíblicos fazem parte da conduta da minha família.

Mas o mundão está aí. Quando eles saem oro para que Deus os livrem das garras dos marginais e dos policiais corruptos. Torço para que estejam em um lugar que possam sacar do celular - que esse tenha bateria – e que lembrem de ligar pra mim antes de falar “com qualquer” estranho na rua.

E fico com o coração nas mãos e me sentindo antiquada, principalmente, quando me pego desejando estar vivendo HOJE exatamente como eu vivi com meus pais.


texto: Etelvina de Oliveira, baseado em opiniões de vários autores.

(*)compartilhandoasletras.blogspot.com

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Se não quiser adoecer - Dr. Drauzio Varella

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados.O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia..

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva SEMPRE triste!"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.

"O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

Para que serve uma relação? - Dr. Drauzio Varella

Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação?
"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".

Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Vida de Inseto


Adoro filmes!
Não entendo nada a respeito, mas aprecio. Me envolvo. Viajo. Choro. Sofro. Gargalho. Aprendo.

Pra mim, o cinema é uma grande janela aberta para o provável e possível. Uma parábola contada em curta ou longa-metragem.

Talvez por isso, qualquer semelhança com a vida real pode ser uma mera coincidência, ou não.

Acho que preciso de mais terapia.

Estava eu, linda e preguiçosamente, acompanhando o noticiário na TV quando uma matéria sobre a volta do imposto sobre os cheques aguçou meu arquivo cinematográfico.

A jornalista falou sobre a proposta de criar novamente uma contribuição sobre a movimentação financeira, a exemplo da CPMF, extinta em janeiro. Agora com outro nome, com taxa maior (0,08%) e permanente – estabelecida por lei complementar e não mais por emenda constitucional. Essa alternativa foi encontrada por petistas e permite ao Congresso assumir os desgastes da volta da CPMF.

Ou seja, a brincadeira da “batata quente”.

Puxei pela memória e lembrei do filme VIDA DE INSETO (A Bug's Life, EUA, 1998), feito em computação gráfica pelo estúdio Pixar.

A história se passa em torno de uma colônia de formigas que coleta comida durante a primavera e o verão para estocar para o inverno, tendo ainda que dar uma parte para os gafanhotos.

Por anos essa era a rotina.
Um belo dia, Flik, uma formiguinha criativa e inteligente, por acidente, prejudica essa coleta.

Quando os gafanhotos vêm buscar a comida, ficam enfurecidos e ameaçam matar as formigas se elas não juntarem mais mantimentos.

Então Flik sai em uma aventura à procura de heróis que ajudem sua colônia a enfrentar esses gafanhotos.

Ele encontra um grupo de insetos circenses(*) que, graças a um mal entendido, aceita dar uma força para as formigas.

No filme, a partir desse encontro a aventura fica cada vez mais divertida.

Se você ainda não assistiu VIDA DE INSETO eu recomendo.



Nota: (*)não tem nada a ver com os movimentos estudantis como, por exemplo, o dos “caras pintadas” de 1992.



imagem: site do Yahoo Brasil Cinema

domingo, 25 de maio de 2008

Perdão

Muito se fala sobre o “acaso”. Teorias infinitas, poesias, versos e até canções tentam explicar a estranha e deliciosa coincidência que a vida nos prega. Desde ontem uma “coisinha estranha” está brotando em mim gritando para ser postada aqui - não se assustem não é vírus.
Acordei, entrei na net e, a partir de um comentário, fui ao blog de uma amiga e, “cataplam”, lá estava um texto falando exatamente o que eu estava sentindo.
Se quiser, dê uma passada lá (www.compartilhandoasletras.blogspot.com), vale a pena lê-lo na íntegra.
Mas aqui vou me ater apenas em alguns trechos, como esse:

“Existe um versículo na Bíblia que diz: O que quereis que os
homens vos façam, fazei vós a eles também
. Tenho tomado por
base para a minha vida esse versículo. Se magoei alguém, vou a
esse alguém peço desculpas, me explico e tento consertar. Eu
gostaria que agissem assim comigo também, por isso faço a
minha parte. Se ofendi com palavras, procuro me desculpar,
explicar, fazer a pessoa entender , que foi um momento
impensado, somos imperfeitos....”


Lendo, várias frases me vieram á mente, algumas baseadas em versículos bíblicos que, de tão conhecidos, até viraram “ditos populares” como: Atire a primeira pedra quem não errou; Se baterem na sua face, ofereça a outra; e por ai vai.
Mas, o que realmente importa é a prática do perdão.
E perdão envolve reconhecimento do erro.
Primeiro de quem magoou e se dispõe a voltar atrás e consertar.
Segundo, e aí vem a pior parte, daquele que tem nas mãos a “sentença”.
Deste, você “deveria” ser absorvido totalmente.
Mas, normalmente, se diz que perdoa e, quantas vezes, arquivamos a ficha do “suposto absorvido” para futuras punições.
Uma palavra, uma recordação, um gesto, uma pequenina vingança.
Perdoar é jogar no mar do esquecimento. Essa é a promessa de Deus para nossas vidas e a recomendação de Cristo.
Mas, quantos de nós faz isso?
Por isso, prefiro estar na primeira condição, não tenho nenhum problema em reconhecer meus erros e me desculpar (mesmo que demore um pouquinho).
E se você pensou “ta se achando”, “falou a humilde”, pode deletar seu cavalinho da mente.
Sou uma “pessoinha” complicada e estou sempre “pisando na bola”, isso me faz praticar muito o pedir desculpas.
Relaxou, né? kkkk
Continuemos.

“Mas lidar com pessoas é terrivelmente complicado. Enquanto
você está jogando um balde de água fria. O outro está de várias
maneiras te espetando, te provocando, e ainda se sente tão
injustiçado, tão ferido, tão magoado. Mas ele(a), se colocou
numa posição de: não perdôo, não esqueço, não falo mais,
NÃO!!!”


Posso admitir aqui? Vivo tendo esses “pitis”. Fico de bico e deleto todo mundo. Daí, paro, penso, perdôo e volto atrás.
Lembrei de outro versículo: enganoso é o coração do homem, quem o conhecerá?
A vida sempre nos coloca em uma das duas posições.
Então meus queridos vamos praticar.
Que tal me perdoarem por fazer vocês lerem tudo isso logo hoje?

beijinhos


trechos de textos de: Sonia Regly

sábado, 24 de maio de 2008

Soneto do Orfeu -

São demais os perigos dessa vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar, que atua desvairado
Vem unir-se uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Uma mulher que é feita de música
Luar e sentimento, e que a vida
Não quer, de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento,
Tão cheia de pudor que vive nua.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O quê dizer da morte?

Hoje assisti a um novo filme: P.S. Eu te amo.
Enredo simples mas comovente.
Interagi com a mocinha. Algumas vezes fui ela.
No final, tanto ela quanto eu, fomos brindadas com novas esperanças.
Gostei!
Mas, quem espera muitas surpresas ou cenas maravilhosas é melhor alugar outra coisa.
Esse filme tem muitas sutilezas, no meu caso, me fez pensar na morte e seu efeito.
É difícil lidar com a perda, mais difícil ainda é continuar vivendo
sem o quê se tinha.
Mas posso dizer com conhecimento de causa: conseguimos.
Depois de algum tempo, uma vaga lembrança, uma palavra ou um filme
nos traz a mente as lembranças. Só que as emoções nos vêm adocicadas pelos dias e pelos anos.
Assim são os amores ou a morte.
Do primeiro nos resta a esperança de novos encontros, novas surpresas.
Do segundo uma certeza: ela vem.
Para cada um vem fantasiada de uma forma, mas vem.
Sempre nos surpreende.
E que bom que seja assim pois já perdemos muito tempo tendo medo dela.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Canção na Plenitude - Lya Luft

Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a pele
translúcida há muito se manchou.
Há rugas onde havia sedas, sou uma estrutura
agrandada pelos anos e o peso dos fardos
bons ou ruins.
(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)

O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente quereria
apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos
me ensinaram a amar melhor, com mais paciência
e não menos ardor, a entender-te
se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,
e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem — retornam,
cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.


O texto acima foi extraído do livro "Secreta Mirada", Editora Mandarim - São Paulo, 1997, pág. 151.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Ninguém merece

Você já parou para pensar no que fazer quando a morte bater a sua porta?
Pois é, ela sempre chega de surpresa.
Se você achou que ela só ronda a casa do vizinho e não se preparou para essas despesas extras ta “na roça” – ditado lá do Mato Grosso.
Para 90% da população, nessas horas é um corre-corre pra pedir dinheiro emprestado, pede-se socorro aos amigos. parentes e até os vizinhos entram na vaquinha.
Isso resolvido, grana na mão, sai-se em busca do caixão mais barato, corta flores, candelabros, velas, se possível, ficam algumas rosas para enfeitar o ente querido.
Ainda bem que morto não reclama.
Conforme o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio de Almeida, declarou a Folha de SP, quando a família não tem condições: “Tem vários casos. Como faz? Fica o corpo jogado? Quem tem responsabilidade de pegar, levar, transportar?”
No nosso caso, para enterrar o dito cujo você pega no telefone começa a ligar pra todo mundo que conhece para saber quem vai ceder vaga no cemitério.
Quem tira quem, quem tem espaço pra quem, etc.
Mas, não se preocupe, você ainda tem a opção das vagas oferecidas pela prefeitura.
No mato seu morto não fica.
Complicado, né?
Pois bem, pensando nesses transtornos a Câmara dos Deputados tirou da casaca a solução para esse problema – problema seu, porque o deles está quase no fim.
Li no jornal Folha de São Paulo de hoje, 06/05/08, que a Mesa da Câmara apresentou projeto que institui mais uma verba para os deputados federais, o auxílio-funeral. Assinado pelo presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP) – olha o PT ai minha gente -, o projeto coloca sob responsabilidade da Câmara a realização de toda a cerimônia fúnebre, incluindo a compra do caixão, ou destina cota de R$ 16.500 para ressarcimento à família dos gastos efetuados. E tem mais, o texto ainda possibilita bancar as despesas funerais até mesmo de ex-deputados. Que maravilha!
Claro que esse projeto já foi aprovado por unanimidade pela Mesa da Câmara. Ou seria por todos os futuros defuntos? Para entrar em vigor, o projeto tem que ser aprovado no plenário da Casa.
Segundo o senhor Sampaio de Almeida, esse projeto será discutido “abertamente” pelo plenário da Casa. Que beleza!
Ainda segundo o jornal, além de 15 salários anuais de R$ 16.500, os deputados recebem mensalmente auxílio-moradia (R$ 3.000), cota postal e telefônica (R$ 4.200), verba para contratação de assessores (R$ 60 mil), verba para manutenção de escritórios nos Estados (R$ 15 mil) a cota para aquisição de passagens aéreas (varia de R$ 4.400 a R$ 17,6 mil).
Viu só, quem manda você não nascer na Europa?
Pior ainda, quem manda nascer pobre, assalariado, não fazer parte de nenhum movimento de Sem Terra, Sem teto ou Sem Comida, e ainda por cima VOTAR.
Quer uma opção?
Pega ai um caderninho e anota o nome desses políticos brilhantes, faça um adesivo e mande colar em todos os lugares, confeccione faixas e bandeiras e mexa-se.
Se não der certo na eleição de 2008, não desista, insista, vamos gravar nas nossas mentes e semear as sementes para que as futuras gerações aprendam com nossos erros.
E comece a torcer desde já para que eles não façam a “Emenda do Filho Pródigo”, ou seja, antecipem a grana para que o MORTO goze em vida do tal beneficio.
texto: Etelvina de Oliveira



sexta-feira, 2 de maio de 2008

Amigo Virtual

Há quanto tempo nos conhecemos?
Desde quando temos sentado aqui, diante da tela, dia após dia
Compartilhando nossas vidas, nossos sonhos, nossos medos, nossos erros.
Ainda me assusto com a rapidez com que você, que um dia foi um estranho, tenha se transformado em um de meus mais queridos e estimados amigo.
Você me faz sorrir, quando compartilha suas brincadeiras.
Me faz sonhar, quando conta suas histórias.
Me faz sentir saudade, quando se vai.
Saibas que você não é virtual
Pois eu posso te ver, te falar, compartilhar com você, brincadeiras,
sorrisos e sentimentos...
Então, só posso agradecer de coração por você ser assim como és
E dizer de novo TE GOSTO DE MONTÃO

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Texto de uma amiga: Catia Ribeiro

Quem é que nunca teve um Marcelo, um Felipe, um Ricardo,um Júlio ou um Alexandre na vida? Tudo bem, pode ser umaJuliana, uma Ana, uma Patrícia ou uma Aline...
Mas chega uma hora que cansa!
Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmoque não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir10 ao mesmo tempo!
A "fila" anda, a coleção de "figurinhas" cresce, a conta de telefone é sempre altíssima.
Mas e ai? O que isso te acrescenta? Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Porque aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer
programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na sua vida???
Se o tal "amor" é impontual e imprevisível que se dane!
Não adianta: as pessoas são impacientes! São e sempre vão ser!
Tem gente que diz que não é... "Eu não sou ansioso,as coisas acontecem quando tem que acontecer".
Mentira!
Por dentro todo ser humano é igual: impaciente, sonhador,iludido...
Jura de pé junto que não, mas vive sempre em busca da famosa cara metade! Pode dar o nome que quiser :amor, alma gêmea, par perfeito, a outra metade dalaranja...
No fim dá tudo no mesmo. Pode soar brega,cafona...
Mas é a realidade. Inclusive o assunto "amor" ésempre cafonérrimo. Acredito que o status de cafona surgiu porque a grande maioria das pessoas nunca teve a oportunidadede viver um grande amor.
Poucas pessoas experimentaram nesta vida a sensação de sonhar acordada, de dormir do lado do telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto...
Não lembro se foi o "Wando" ou se foi o "Reginaldo Rossi"que disse em uma entrevista que se a Marisa Monte não tivesse optado pelo "Amor I love you" e que se o Caetano não tivesse dito "Tô me sentindo muito sozinho.." eles não venderiam mais nenhum disco. Não adianta, o publico gosta e vibra com o "brega". Não adianta tapar o sol coma peneira. Por mais que você não admita: - Você ficou triste porqueo Leonardo di Caprio morreu em Titanic" e ficou feliz porque a Julia Roberts e o Richard Gere acabaram juntos em "Uma Linda Mulher";
- Existe pelo menos uma música sertaneja ou um pagodinho" que te deixe com dor decotovelo; Quando você está solteiro e vê um casal aos beijos e abraços no meio da rua você sente a maior inveja; (e na fila do cinema então)Você já se pegou escrevendo o seu nome e o da pessoa pelo qual você esta apaixonada no espelho embaçado do banheiro, ou num pedacinho de papel?
Você já se viu cantando o mantra "Toca telefone Toca" em alguma das sextas-feiras de sua vida, ou qualquer outro dia que seja (e quando toca, vc pensa: "É ele(a), é ele (a)"!
Você já enfiou os pés pelas mãos alguma vez na Vida e se atirou de cabeça numa "relação" sem nem perceber que você mal conhecia a outra pessoa e que com este seu jeito de agir ela te acharia um tremendo louco;
Você, assim como nos contos de fada, sonha em escutar um dia o tal "E foram felizes para sempre?.... Negue o quanto quiser, mas sei que já passou por isso, e se não passou, não sabe o quanto está perdendo....


"O problemade resistir a uma tentação é que você pode não ter umasegunda chance" "Falo a língua dos loucos, porque nãoconheço a mórbida coerência dos lúcidos." (Luís Fernando Verissímo)

Eu e as plantas


Um amigo acaba de me dizer que ia cuidar de suas plantas.
Interessante!
Não sei o que há de errado nessa relação: minha pessoa e as plantas.
Adoro plantas, nem todas, prefiro flores e as rosas em especial.
Já morei em casa com jardim. Uma delicia jogar água nelas. As gotas ficam horas escorrendo pelas folhas, da terra sobe aquele cheiro gostoso e delas sai aquele perfume fresco.
Nossa, lembro que plantei varias florzinhas (num sei o nome de nenhuma) e uma rozeira linda de uma espécie diferente, pelo menos pra mim, que trouxe do Paraná. Cheinha de rozinhas grudadinhas uma nas outras.
Lindas.
Comprei vários enfeites de jardim: sapinhos, passarinhos e pedras coloridas. Não satisfeita coloquei pregos e vasos na parede, uns três apoios para uma planta bonitinha que soltava galhos enormes que subiam pela garagem.
No fim da tarde eu adorava sentar ali do ladinho do meu enorme jardim de 0,90 cm de largura por 1,5 m de comprimento. Me sentia na Amazônia. Claro, de onde eu estava dava pra ver árvores do outro lado da rua (não sou loira né).
Até que um belo dia a Pandora, a beegle da minha filha, descobriu que ali era o melhor lugar do mundo para ser seu banheiro e seu esconderijo para enterrar de um tudo.
Lá se foram rozinhas, florzinhas, plantas, terra, enfeites, cano da água, pintura da parede......
Em pouco tempo aquele espaço se tornou uma referência de um pós guerra.
Mas não pense que foi assim "uma guerra", começou com uma desobediência, um ato de rebeldia, uma coisinha boba e a coisa foi criando corpo.
Ela me olhava com aqueles olhinhos de vítima, dava uma lambida, e pronto. E fui deixando prá lá. Quando finalmente me dei conta "as flores já eram mortas".
Hoje moro em um confortável "apertamento" de dois quartos, micro sala e micro corredor para fogão e geladeira. Como não poderia deixar de ser, tenho micro vasos com micro rosas.
Como penso grande, ou as afogo com abundância de água, que além de matá-las me molham a mesa, ou esqueço totalmente das "bichinhas" que ficam gritando por socorro no deserto.
Precisam ver a felicidade quando recebem a tão sonhada água.
Posso dizer que minhas plantas são sobreviventes.
Mas, ultimamente, tenho seguido os conselhos dos filhos.
Sempre que vou ao mercado e perco horas observando as flores, escolhendo as mais bonitas, aquele som doce de reprovação soa nos meus ouvidos:
- Mãe, a senhora vai levar mais planta pra morrer em casa?
Desisto!

um beijo
Etel
01/05/08