domingo, 27 de abril de 2008

Crianças em Concert - o que fazer

Idade: A priori, a música não tem idade. O ideal é que a criança já tenha um pouco de entendimento, que consiga saber que deve ficar quieta, em silêncio, para o que se recomenda um mínimo de cinco anos. "Os pais devem conversar antes, explicar o máximo que puderem sobre o que vão ver, contar um pouco da história do Municipal, tudo isso ajuda", diz o maestro Henrique lian. As crianças podem sentar-se nas fileiras do meio, ter mais gente ao redor costuma inibir conversas e bagunças. Para as mais ativas os pais devem procurar lugares laterais, perto das portas para uma retirada estratégica, caso a situação fuja do controle.

Bebês: Mesmo bebês podem freqüentar os concertos, no caso de pais que não têm com quem deixar os muito pequenos. Vale a recomendação da porta lateral ou dos lugares mais altos, nas frisas, que garante maior sossego aos outros espectadores e possibilidade de retirada.

Roupas: Atenção, conforto é fundamental. Uma passada rápida pelo toillete antes do espetáculo também previne embaraços e pedidos de banheiro no meio do concerto.

Balas, salgadinhos, pipocas e refrigerantes: Não são permitidos dentro da sala, as poltronas são de veludo, mas são vendidos nos bares do teatro no começo, no fim do espetáculo e nos intervalos.

Horário: Quem não tem ingressos deve chegar uma meia hora antes, quem comprou com antecedência deve dispor de pelo menos 15 minutos para circular pelo saguão e pelo bar, para ir aclimatando as crianças e conhecendo o Theatro, com h, ele tem 93 anos.

Aplauso: Em um concerto, a gente só aplaude no fim, depois que todos os movimentos terminam. E podem aplaudir sem medo. "Se gostar pouco apalude pouco, se gostar muito aplaude muito e se gostar de verdade pode continuar aplaudindo mesmo depois que o maestro sai do palco, que assim ele volta para dar uma canja", ensina o maestro Lian.

por: Ruth Barros
20/10/2004

Trabalhando com “Celebridades”


Quem acha que “celebridades” só se encontra na Rede Globo – titulo de uma das novela das 20h da emissora – precisa conhecer os bastidores do Theatro Municipal.
Logo pela manhã, quando se entra no teatro, já se encontra os cantores dos corais Lírico e Paulistano afinando as vozes pelos corredores enquanto sobem para os ensaios. Em dias de estréia encontramos diretores, cenógrafos, coreógrafos, iluminadores, maestros e solistas correndo e gesticulando apressados.
Em outras salas e no palco são os músicos que ensaiam.
Enfim, celebridades do mundo lírico.
Mas aqui, como em qualquer outra casa de espetáculos, também trabalham o elenco de “Chocolate com Pimenta” (outra novela global, acho que preciso parar de ver TV).
Aqueles da “Pimenta”, que limpam cada cantinho do teatro, os elevadores, as cadeiras, as paredes, os mármores e os metais; que preparam o Saguão para as apresentações; que controlam as luzes e as cortinas dos palcos; que afinam os instrumentos; que te recebem na portaria para que você desfrute do “Chocolate” de cada espetáculo.
Basta chegar e desvendar os segredos desse gigante senhor de 93 anos, que indiferente às mudanças ao seu redor, mas imponente, permanece cheio de histórias para contar desde sua arquitetura aos fantasmas que aqui moram.
Aproveite!

por: Etelvina de Oliveira
15/07/2004

Theatro Municipal

A primeira vez que entrei no Theatro Municipal foi a trabalho.
Era funcionária nova no departamento de Assessoria de Imprensa da Secretaria de Cultura, depois de anos na Secretária da Saúde, e deveria acompanhar um concerto da Orquestra Experimental de Repertório em homenagem ao Municipal. O ano era 1998, e o teatro completava 85 anos.
Depois de algumas recomendações, coloquei em uma pasta o texto com toda a história do teatro: sua inauguração no dia 12 de setembro de 1911, com a ópera Hamlet, de Ambrósio Thomas; detalhes de sua construção, a cargo do escritório de Francisco Ramos de Azevedo, que contou com a colaboração dos arquitetos italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi; descrições dos materiais decorativos que ainda hoje estão presentes em sua arquitetura e muitos dados levantados de sua programação, que ao longo dos anos marcaram a história do Municipal.
Uma coisa eu não deveria esquecer: a Maria Rosa, uma das funcionárias mais antigas do teatro, estava à disposição caso alguém quisesse detalhes sobre fatos interessantes ocorridos no seu interior.
Parecia simples, mas não foi. Que roupa se usa para ir ao Municipal? Segundo Maria Rosa, antigamente era obrigatório o traje a rigor: “Os homens vinham de terno e chapéu e as mulheres de longos. Hoje em dia é só ter bom senso. Bermuda, chinelo e mau gosto, nem pensar”, comenta entre sorrisos.
Optei por um pretinho básico. Cheguei em cima da hora e nervosa.
A casa estava cheia e, logo na entrada, uma surpresa: o Saguão do Theatro Municipal era muito mais bonito do que eu imaginava. Tapetes enormes e verdes (já foram vermelhos) estrategicamente direcionando os passos do público. Em frente à porta, as escadarias de mármore branco, balaustrada de mármore amarelo, vindos da Itália, e nas duas laterais das escadas esculturas com candelabros de bronze, vindos de Paris. Olhando rapidamente, acima da porta de entrada, vi, entre dois painéis de mosaico veneziano (representando as obras musicais “Ouro do Reino” e “Cavalgada das Walkyrias”), uma sacada com portas gigantes que soube mais tarde tratar-se do Salão Nobre, onde acontecem apresentações especiais para no máximo 200 pessoas.
Na sala de espetáculos (platéia) todos os 1.500 lugares, em veludo verde, estavam ocupados. No palco, enorme e também com cortinas verdes, os jovens músicos da experimental de Repertório aguardavam o apagar das últimas luzes e a entrada do maestro Jamil Maluf para iniciarem a apresentação. Aproveitei para observar o teto, não um simples teto mas um verdadeiro quadro, retratando um céu dentro de uma auréola de nuvens e no centro o lustre de cristal com 220 lâmpadas e 7.000 pingentes de cristal (isso soube depois em uma das visitas monitoradas que acontecem no teatro).
Foi meu primeiro concerto de música clássica.
Adorei!

por: Etelvina de Oliveira
em 12/07/2004

Chamem os Bombeiros

Duas amigas, da onça devo dizer, me animaram a criar um blog. Muito bem, aqui estou. Nua e crua. Pior ainda, sem saber nadinha de como fazer isso. E onde eslas estão agora? Ai ai...
Socorrooooo!
E ainda vou ter que pagar o "mico" de ser lida por alguém, xereta é claro, que vier por essas bandas.
Tipo meus filhos, sabe?
Passam o dia fuçando na net.
Mas vou aprender...... afinal sou aprendiz de mim mesma.
beijos
27/4/08

sábado, 26 de abril de 2008

Cantiga para não morrer

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

Não tente entender-me

Sou como o vento
Não tenho destino.
Apenas passo...
Aproveite a brisa.
Não me prendas,
Não me possuas.
Sou como água,
Se presa, evaporo.
Mate apenas tua sede.
Não tente guardar-me.
Não me aprisione.
Sou como as flores,
Colhida feneço.
Guarde-me o perfume.
Não me descreva.
Não me modifique.
Sou como um sonho,
Uma Ilusão.
Não me acompanhe,
Não tente seguir-me.
Sou como um cometa,
solitário.
Apenas admire-me

Aceite-me

Aceite-me como eu sou.
Não venho com garantia nem tenho a pretensão de ser alguém perfeito.
Toda a perfeição não posso ter.
Eu sou como você: sou da espécie humana , sou capaz de errar.
O erro não é falha de caráter e errar faz parte da Natureza Humana.
Eu vivo.
Eu sorrio.
Eu também aprendo.
Meu conhecimento é incompleto.
Estou na busca o tempo todo, nas horas acordada se nas horas de sono.
Eu tenho um longo caminhoa ser percorrido, assim como você também tem.
Aprendemos nossas lições pelo caminho.
Atingiremos a Sabedoria.
Assim, por favor, aceite-me como sou!
Porque eu sou só eu.
Apenas eu.
Não há ninguém igualzinho a mim no mundo.
Esta é a única garantia que dou.
É assim que eu me sinto.
Eu tenho um coração.
Abra-me e veja-o!
Por favor, cuide bem dele.
Ele é tudo que eu sou.
Apenas eu.

(desconheço o autor)